O interior de aeronaves pressurizadas é um espaço hermeticamente fechado que recebe o ar drenado dos compressores das turbinas, depois de resfriado, filtrado e umidificado. Todo esse processo é gerenciado por válvulas que controlam a entrada e saída desse ar, mantendo um diferencial de prssão adequado aos passageiros e tripulantes.
A pressão interna da cabine ou de toda a aeronave é semelhante à encontrada no solo ou pouco acima dele.
Despressurização é a perda da pressão interna da aeronave e pode ser:
1 - Lenta: quando da ocorrência de pequenos vazamentos - é facilmente controlada. Na ocorrência de uma despressurização lenta, por uma pane qualquer, comunica-se a ocorrência aos órgãos de controle. Após isso, baixa-se à aeronave para níveis seguros de vôo, considerando-se a região a ser sobrevoada, não é necessário o uso de máscaras de oxigênio.
2 - Rápida: aumento gradual e progressivo da perda de pressão em curto espaço de tempo.
3 - Explosiva: o diferencial de pressão interna e externa é grande, fazendo com que tudo que não esteja firmemente atado seja arremessado para fora da aeronave. O uso de máscaras de oxigênio deve ser imediato.
Causas de despressurização explosiva: danos estruturais por fadiga; disparos de armas de fogo ou explosões; colisões com outras aeronaves; colisões com pássaros; fechamento incorreto das portas ou compartimento de carga, etc.
Aeronaves metálicas presurizadas estão sujeitas à expansão e retração de sua fuselagem (previstas no projeto inicial da sua construção). Para evitar a fadiga prematura do material da fuselagem, a pressão da cabine é calibrada para estar em níveis superiores a pressão do nível do mar (que seria a pressão ideal e a mais confortável a todos embarcados na aeronave).
Tempo Util de Consciência:
(Tempo médio estimado variando com o preparo físico e atlético de cada indivíduo).
DESCOMPRESSÃO RÁPIDA.
22.000ft..................................3 minutos
25.000ft..................................2 minutos
30.000ft..................................30 segundos
35.000ft..................................20 segundos
40.000ft..................................12 segundos
Projetos recentes (do AIRBUS 380 por exemplo), que utilizam materiais como fibra de carbono em sua construção, não estão sujeitos a fadiga (como os que utilizam o alumínio), por isso, permitem manter-se a pressão e umidade (na cabine) semelhantes a do nível do mar, além de possibilitarem que as janelas sejam maiores que as comumente utilizadas.
No passado, as aeronaves pressurizadas (os aviões ingleses Comet por exemplo), tinham as janelas relativamente grandes com cantos retos(retangulares).
O desenho do projeto inicial destas janelas foi responsável pela explosão de vários jatos em pleno vôo, pois a partir dos cantos das janelas, o material da fuselagem sofria fadiga (iniciava-se uma rachadura a partir desses locais).
Quando descoberta a causa dos acidentes, o projeto das janelas mudou e estas passaram a ser menores e de cantos arredondados, permanecendo assim até os dias de hoje.
Pousos bruscos e batidas na fuselagem, são acontecimentos que podem comprometer seriamente a integridade estrutural da aeronave. Essas ocorrências exigem, antes do vôo seguinte, uma inspeção criteriosa por engenheiro aeronáutico de toda a fuselagem.
O que mais prejudica o organismo humano não é a queda de pressão e sim a falta de oxigênio que ela provaca.
Aeronaves que voei:
AB11-Aeroboero 115,
P32R-Sertanejo,
P28T-Corisco Turbo;
C310-Cessna 310;
PA34-Seneca II e III;
BE55-Baron 55;
BE58-Baron 58,
C208-Caravan;
Boeing 737-700/800.
P32R-Sertanejo,
P28T-Corisco Turbo;
C310-Cessna 310;
PA34-Seneca II e III;
BE55-Baron 55;
BE58-Baron 58,
C208-Caravan;
Boeing 737-700/800.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Parabéns!
Seu blog esta sendo muito util para a minha aprendizagem, estou fazendo curso para comissária de vôo, e dicas é sempre muito bom.
Postar um comentário